terça-feira, 31 de agosto de 2010

Imaginary Forces Documentário (2 of 2)




Segunda parte do documentário sobre Imaginary Forces. Uma empresa de design digital especializada em "main titles", ou seja, abertura de filmes ou peças publicitárias utlitizando-se tipografia dinâmica e modelagem em 3D. Aqui posto um curto vídeo apresentando a nova logomarca do programa de navegação Google Chrome. Simples e inusitado. Design ampliando a experiência da... marca. A marca como um ser quase vivo.
Surpreso?... Mais coisas assim virão... Esperem...


Saiba+ Imaginary Forces

Imaginary Forces Documentário (1 of 2)



Imaginary Forces é uma empresa de design digital especializada em "main titles", ou seja, abertura de filmes ou peças publicitárias utlitizando-se tipografia dinâmica e modelagem em 3D. Aqui posto um curto vídeo apresentando a nova logomarca do programa de navegação Google Chrome. Simples e inusitado. Design ampliando a experiência da... marca. A marca como um ser quase vivo.
Surpreso?... Mais coisas assim virão... Esperem...


Saiba+ imaginary forces

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Design Thinking em Voz Alta: Além do Design



Design Thinking Out Loud: Beyond Design
Design Thinking em Voz Alta: Além do Design
Dana Arnett - Principal, VSA Partners

Design Thinking em Voz Alta: designer renascentista?



Design Thinking Out Loud: Jack of All Trades versus Master of One
Design Thinking em Voz Alta: João Sabe-Tudo contra o Mestre de Uma Coisa (em livre tradução)
Michael Vanderbyl: Renaissance Designer?
Michael Vanderbyl: Designer Renascentista?


Saber tudo ou ser específico? Eis a questão...

Empresas buscam formas de medir danos ambientais

A meta dos empresários é apoiar o lançamento de metas para preservação ambiental e buscar formas para atingir esse objetivo


Por Agência Estado

São Paulo - O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) vai buscar instrumentos para medir o impacto das atividades econômicas sobre a fauna e a flora na próxima Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), que será realizada em outubro, em Nagoya (Japão). Segundo a presidente executiva do grupo, Marina Grossi, que engloba 52 empresas cujo faturamento corresponde a 40% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o objetivo não é apenas apoiar o lançamento de metas para a preservação ambiental, mas também as maneiras de atingi-las.


"A mensuração dos impactos vai nos dizer quais são os principais problemas ambientais que devem ser trabalhados. É importante sistematizar as informações para que as empresas possam assumir compromissos", explicou, no intervalo do Fórum Biodiversidade e Economia, realizado na quinta-feira em São Paulo.


De acordo com o último relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado em maio, os desmatamentos e a degradação florestal geram um custo anual entre US$ 2 trilhões e US$ 4,5 trilhões. Segundo Marina, esses prejuízos afetam tanto as empresas quanto os governos, e a sua mensuração é essencial para entender as tendências da "economia verde", baseada em produtos e serviço sustentáveis. "Em 2050, as empresas não vão continuar trabalhando do mesmo jeito," disse.


Na próxima conferência sobre biodiversidade, no Japão, serão apresentados instrumentos para mensurar os impactos das atividades econômicas sobre a biodiversidade. O plano do CEBDS é trazê-los para o Brasil e avaliar, junto com o governo, empresas e institutos de pesquisa, a possibilidade de ajustá-los para medições no País. O mesmo procedimento já ocorre, por exemplo, no campo das pesquisas sobre clima e aquecimento global, que utiliza o Protocolo GHG. Essa ferramenta serve para identificar e mensurar a quantidade de gases causadores do efeito estufa emitidos por determinado órgão. Segundo analistas do setor, essas ferramentas são importantes porque evidenciam os prejuízos econômicos e suas origens, o que é determinante para mobilizar as instituições - seja por consciência ambiental ou atenção ao negócio.


Negócios e preservação
Durante o encontro desta semana em São Paulo, também foram discutidos como as empresas devem responder à demanda por compromissos com a preservação. A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, afirmou que o banco estuda, em conjunto com o setor da construção civil, a viabilidade econômica de ampliar a exigência de práticas sustentáveis na segunda fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O objetivo, segundo ela, é incentivar o aproveitamento da energia solar nos novos empreendimentos. Maria Fernanda disse que essas exigências são uma tendência para os próximos anos e relembrou que, em 2009, a instituição já passou a exigir, em seus financiamentos, a apresentação de um certificado de origem da madeira que será empregada na obra.


Para Marcos Vaz, diretor de Sustentabilidade da indústria de cosméticos Natura, as empresas de todos os setores terão de se adaptar às novas exigências e regulações ambientais. A melhor maneira de lidar com essa mudança, na sua avaliação, é mudar o foco do preço para o "valor", isto é, levar em conta o impacto ambiental inerente à produção dos bens e serviços. "Ao invés de pensar no jeito mais barato de produzir, é preciso pensar também nas consequências", disse Vaz, que acredita numa autorregulação do mercado e no interesse dos consumidores por produtos "verdes".


Um dos maiores riscos ao se ignorar a biodiversidade, segundo avaliação de Gabriela Burian, gerente de Sustentabilidade da Monsanto no Brasil, é comprometer a disponibilidade dos insumos no futuro. "Se práticas sustentáveis não forem incorporadas, é o próprio negócio que entra em risco", afirmou ao justificar a necessidade dos investimentos em conservação.

Facebook parte pra cima do FourSquare

Por Rafael Barifouse

O Facebook acaba de lançar uma nova ferramenta de geolocalização, o Facebook Places, com a qual é possível compartilhar pelo smartphone com seus amigos da rede social onde você está e quem está com você, além de ver dicas deixadas por outros usuários (mais informações aqui) . Com isso, a maior rede social do mundo entra em um embate direto com o FourSquare, serviço pioneiro na nova onda da geolocalização que vem tomando a internet de assalto desde o início do ano passado.


O Places pode ser integrado com outros serviços do gênero, como o FourSquare e o Gowalla, mas também reduz a necessidade dos seus 500 milhões de usuários de utilizarem a concorrência. “Agora o Facebook é o serviço de geolocalização mais importante do mercado”, diz Michael Gartenberg, da consultoria de tecnologia especializada em redes sociais Altimeter Group. “O Facebook já é o centro da minha rede social para muitas atividades, então, é natural que adicione essa ferramenta.”


A nova ferramenta chega pouco tempo depois de vir à público que o Facebook tentou comprar o FourSquare por US$ 120 milhões, superando uma oferta de US$ 100 milhões feita pelo Yahoo. Mas o FourSquare queria US$ 150 milhões, o que minou a transação. Como resultado, o FourSquare optou por receber um investimento de US$ 20 milhões da firma Andreessen Horowitz, que avaliou o negócio em US$ 90 milhões.


Segundo analistas, a entrada definitiva do Facebook neste mercado é uma faca de dois gumes para a concorrência. Ao mesmo tempo em que leva a funcionalidade para o mercado de massa e a populariza, também força outros serviços a se diferenciarem e mostrarem um valor adicional para se manterem no ar.


Hoje um quarto dos usuários do Facebook já acessa o site por meio do smartphone, o que os torna candidatos ideais para a nova ferramenta. Para evitar problemas de privacidade enfrentados anteriormente pelo site de relacionamentos, o Places traz configurações de compartilhamento de informação claras. O usuário também precisa optar por usar o serviço, em vez dele ser lançado com algo padrão.


O Facebook tem planos de integrar anúncios à nova ferramenta em breve. Busca desta forma fazer parte de um mercado em expansão que pode gerar US$ 4,1 bilhões em receita com anúncios em 2015, segundo a consultoria Borrell Associates. A geolocalização é atraente para ações de marketing porque cria uma relação direta com o consumidor no momento em que ele está decidindo uma compra e de forma mais precisa de acordo com seus hábitos e interesses.


Leia mais:
Entenda o FourSquare
Facebook ofereceu US$ 120 milhões pelo FourSquare
O mapa mundi das redes sociais: infográfico

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Foursquare, o novo queridinho da internet

Número de usuários do aplicativo para smartphones cresceu 500% em 2010. O Yahoo ofereceu US$ 125 milhões pela empresa. O que é o Foursquare, e por que é tão desejado?

Por Renan Dissenha Fagundes

No dia 16 de abril, cerca de 150 festas foram realizadas ao redor do mundo, todas em homenagem a um aplicativo para celulares chamado Foursquare. Fãs do aplicativo, sem nenhuma relação com os seus criadores, declaram a data o Dia do Foursquare. [A piada é infame: os americanos escrevem 16 de abril "04/16" - 16 é o quadrado (square) de quatro (four)]. No terraço de um edifício em Nova York, os criadores da rede social, com seus 30 e poucos anos, comemoraram o sucesso em um feriado autoproclamado. (Comemoraram também um crescimento de quase 500% em quatro meses.) Mas o que é o Foursquare? Em resumo: é uma rede social baseada na localização física de seus usuários, com elementos que lembram games. Tem pouco mais de um ano de existência e antes de janeiro de 2010 só funcionava em algumas cidades. Agora, é a empresa iniciante mais comentada da web, desejada por gigantes como Yahoo e Facebook, e inevitavelmente comparada ao Twitter em questão de euforia provocada nos usuários e nos investidores.

O Foursquare dá o próximo passo da onipresença das redes sociais no cotidiano e adiciona uma nova camada de informação ao mundo virtual. Uma camada de informação muito importante. Enquanto o Twitter e o Facebook querem saber o que você está fazendo, o Foursquare quer saber onde você está fazendo, em tempo real, direto do seu celular. Informação geolocalizada, tendência dominante nos próximos passos da internet (o Twitter lançou algo similar com o Places, o Google tem o Latitude e o grande concorrente do Foursquare é o Gowalla, além de rumores de um projeto geolocal do Facebook.) Sabendo onde você está, o Foursquare pode se transformar ou em um jogo ou em uma nova - e útil - forma de comunicação (ou nos dois).

"O Foursquare também serve para tirar as pessoas da internet e colocá-las em contato com o mundo real. O programa te mostra quais amigos estão onde você está, ou perto, para que você possa encontrá-los."

Saiba+ Foursquare

sábado, 14 de agosto de 2010

Brasil: a primeira potência de semiletrados?

Apesar do oba-oba, o Brasil está próximo de ser um colosso econômico e esquecer a formação de sua gente


QUALIFICAÇÃO TECNOLÓGICA
Ela é crucial para que o Brasil possa mesmo ser
uma real potência econômica - Foto: Fabiano Accorsi
Artigo: Gustavo Ioschpe

Quando voltei ao Brasil, depois de anos no exterior, queria montar meu escritório rapidamente. Contratei, então, um desses serviços de secretariado virtual para me ajudar enquanto iniciava o processo de busca por uma equipe permanente. Notei que a secretária virtual não era um gênio, mas achei que quebraria o galho. Certo dia, mandei um e-mail a ela pedindo que me conseguisse a informação de contato do cônsul brasileiro em Houston (EUA). Informação encontrável na internet em poucos minutos. Passaram-se cinco minutos, cinco horas, e nada.

Três dias depois, recebi um e-mail da fulana: "Sr. Gustavo, procurei na Cônsul e até na Brastemp, mas ninguém conhece esse tal de Houston". Pensei que fosse piada. Reli. Não era. Para quem havia ficado alguns anos construindo teses acadêmicas sobre a importância da educação para o desenvolvimento das nações, através do seu impacto na produtividade de uma população, estava ali o exemplo pronto e acabado de como é difícil produzir algo quando a ignorância campeia à volta. É assim para uma pessoa, uma empresa e um país.


"Uma pesquisa de 2009 sobre alfabetização, feita pelo Instituto Paulo Montenegro, mostrou que apenas 25% da população adulta brasileira é plenamente alfabetizada. Deixe-me repetir: só um quarto dos brasileiros conseguiria ler e entender um texto como este."Gustavo Ioschpe

Saiba+ Brasil: a primeira potência de semiletrados?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A moda e suas contradições obrigatórias

O interesse de todas as classes sobre a moda é clara revelação dos tempos hipermodernos. O resgate da história, o despertar da tradição e a individualização são as contradições imprescindíveis de nossa era.


Por Marcellus Nishimoto



Milão, 28 de fevereiro de 2010. As cortinas escuras em ambiente sóbrio abrem-se e 18 monitores unidos formam uma grande tela de cinema. Ao som de um coral digital e acordes de piano – simples, quase uma nota só – elevam a cinza e escura passarela a status de catedral solene. As imagens em preto e branco da grande tela revelam o ofício original da alfaiataria minuciosa, manual e centenária. Os aqui chamados artesãos das agulhas retiram medidas, moldam e costuram sobre o corpo vivo. A técnica de moulage, na qual a roupa é modelada diretamente sobre o manequim, abre mão dos bustos de tecido inanimado e encontra o dorso vivo feminino, ampliando a experiência de roupa única, sob medida, intransferível: quase ou, se não, obra de arte. E o trabalho do atelier, um laboratório de linhas e tecidos e seus cientistas de jalecos brancos, alfineta, alinhava e arremata a estrutura que se tornará o objeto de desejo de meninas bem nascidas ou recém-chegadas a esfera do consumo de luxo. A dupla de estilistas, Domenico Dolce e Stefano Gabbana, é o protagonista desse documentário do ofício. No fundo, a mensagem pretendida: a grande costura está na mão, no olhar e, principalmente, no árduo tempo do artista em contato com a matéria e com o corpo. E que tecnologia alguma substituirá o esforço e o subjetivismo humanos. E que a tradição não se dobrará à velocidade retalhante da contemporaneidade.


A coleção é pontuada pela sobriedade do negro, do bourdoir, do veludo, da seda, do pois quebrados por porções douradas, avermelhadas, rendadas e transparentes. A sexualidade by Dolce & Gabbana se veste de maneira inusitadamente sensual. Sensualmente em estampas de onça e em formas dos anos 50. O tradicional tailler é revivido e as bijuterias são de inspiração Chanel, porém, com todo o excesso italiano habitual, capiche? Lição aprendida e cultuada, o desfile de outono/inverno da casa italiana para o ano de 2010 e 2011, nos mostra a maior das contradições necessárias da moda.


O grande paradoxo tão bem arquitetado pela casa italiana está na rapidez em que idéias e conceitos de estações anteriores são negadas com tanta propriedade. O jogo pode parecer petulante, todavia é neste pseudocinismo que se construiu a concepção moderna do original. A era da crise da razão esclarece que a técnica serve ao criador e não a criatura. A técnica reproduz, em tempo certo, a novidade com data marcada para morrer. A criatura nasce da tecnologia e por ela será suplantada. A narrativa fragmentada das linguagens contemporâneas permite este revisitar permanente, e o passado se converte em novo e de novo. A persistência da memória tem valor e o antigo se recorta em originalidade. A sociedade dos excessos forma seus esquemas estéticos com os pedaços visuais deslocados e ressignificados dentro de um novo repertório.


A real contradição de Dolce & Gabbana é a resposta reativa a uma década de auto-indulgência e ostentação – não que ela seja novidade em nossa era – coroada ao final com a crise financeira de 2008. A própria grife era arauto do histrionismo fashion dos anos 2000. As grifes premium, como estratégia de produção, transferiram grande parte de sua produção para as indústrias chinesas. Entretanto, o crescimento galopante do poder da China como fabricante e consumidor commoditizou o mercado de luxo. O produto made in China ofuscou o desejo exclusivista dos consumidores do setor, abrindo os olhos de Dolce & Gabbana que se voltam à tradição ocidental da alfaiataria para restaurar a emoção artesã e autêntica em seu produto. O pret-a-porter de luxo não pode ser levianamente terceirizado, dizem os apreciadores. O novo é recriado e mitificado pelos próximos seis meses e o produto da grife não perde em qualidade. Muito pelo contrário, ele a tem como característica primordial do objeto de luxo. Todavia, o conceito que reveste a marca precisa estar “eternamente” alinhado – outro aspecto de contradição – com a imagem “mutável” da moda contemporânea.


Segundo o filósofo Gilles Lipovetsky (2004), o termo que se melhor aplica a nova configuração do nosso tempo é hipermodernidade. Os valores e processos amalgamados da era moderna são modificados pela ótica fugaz do tempo. Todos os comportamentos sociais e produtivos se decompõem em velocidade atômica e a superação dá lugar a hiperação. Um dos pontos fundamentais que diferenciaria a pós-modernidade da hipermodernidade é o término da negação ao passado. Cultivamos o antes e a tradição como fonte mercadológica de inspiração para o inédito. Comportamentos são comercializados em escala global e o contra-senso do individualismo indulgente é almejado em reação à standartização da vida coletiva. A pluralidade de nichos, subgrupos, cria núcleos para legitimar as várias personas sociais e assegurar a manutenção de identidades quase particulares. O resgate da religiosidade, da história, dos valores e das culturas locais são os refluxos moderadores aos excessos do comportamento livre e hedonista. Somos estimulados a viver diversas experimentações e, por outro lado, continuamente reprimidos, negociando nossa conduta em sociedade.


A lição apresentada por Dolce & Gabbana nos deixa interrogações críticas: qual é a data de prescrição do interesse? Ela se aplica a valores também? Existe uma construção pessoal e social menos contraditória?


E a trivial máxima do copo com água pela metade: ele está meio cheio ou meio vazio?

Gilles Lipovetsky: entrevista revista Cult
Gilles Lipovetsky: entrevista revista Veja
China, lider no mercado de luxo

LIPOVETSKY, Gilles e CHARLES, Sébastien. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004.
LIPOVETSKY, Gilles e ROUX, Elyette. O luxo eterno. Da idade do sagrado ao tempo das marcas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
LIPOVETSKY, Gille. A felicidade paradoxal. Ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.