Obra do escritório de arquitetura Gustavo Penna & Associados celebra a imigração japonesa no Estado de Minas e a riqueza desta união, a mistura étnica e a expressão cultural.
Por Marcellus Nishimoto
O Monumento Museu celebra a amizade ente o Japão e o Estado de Minas Gerais e o que esta condição foi capaz de construir de maneira material e simbólica. Desde a chegada dos primeiros imigrantes japoneses em 1908, o Brasil e a cultura japonesa estabeleceram uma relação de troca, de aprendizado e adaptação. E o projeto desenvolvido pelo escritório de arquitetura Gustavo Penna & Associados reflete essa situação. Uma ponte sobre um lago conectando dois territórios, como o encontro de dois países distantes separados pelo oceano. É o encontro de duas realidades distintas preocupadas historicamente com seu passado, sua natureza e suas conquistas.
Para homenagear o Japão e Minas, paredes curvas também foram colocadas, lado a lado, em uma alusão aos dois pavilhões: o círculo vermelho e o triângulo da bandeira do Estado. A ponte simétrica é formada por curvas entrelaçadas e alude, ao mesmo tempo, à coesão, ao contínuo movimento e à interdependência dos povos. O Memorial da Imigração Japonesa está no Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego e faz parte do Complexo da Pampulha, marco modernista da arquitetura de Belo Horizonte.
Fotos: Jomar Bragança
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